A MONARQUIA ABSOLUTA
No início do século XVIII, na Europa, têm grande difusão as ideias que defendem o poder absoluto do rei (absolutismo), ou seja, o governo do país dependia da vontade do rei, que tinha todos os poderes e mandava cada vez mais.
D. João V vai seguir esta tendência política, governando Portugal como rei absoluto – Monarquia Absoluta. Durante o seu reinado, de 44 anos (1706 – 1750), nunca reuniu as cortes.
Graças às grandes quantidades de ouro e diamantes que vinham do Brasil, a que se juntavam os lucros obtidos no comércio do tabaco, açúcar, vinho e sal, D. João V detinha uma grande riqueza, com a qual conseguia manter a nobreza debaixo do seu domínio ( distribuindo cargos, pensões e títulos), assim como enviava riquíssimas embaixadas a vários países.
A VIDA NA CORTE
A Corte vivia com muito luxo e ostentação.
Entretanto, o povo vivia com muitas dificuldades: no campo, os que não emigravam para o Brasil continuavam a praticar uma agricultura de sobrevivência e tinham de pagar pesados impostos; na cidade, ocupavam-se das tarefas domésticas e de outro tipo de serviços como vendedores ambulantes, artesãos, criados, etc., não conseguindo obter grandes rendimentos.
UM TEMPO DE GRANDES CONSTRUÇÕES
Durante o reinado de D. João V realizaram-se obras monumentais que reflectem a riqueza de que já falámos.
É igualmente deste período a construção do Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, da Igreja e Torre dos Clérigos, no Porto, da autoria de Nicolau Nazoni, da Biblioteca da Universidade de Coimbra e do Palácio de Queluz.
Aqueduto dás Águas Livres
Convento de Mafra
Biblioteca do Convento de Mafra
Igreja e Torre dos Clérigos
Tal é o caso do Convento de Mafra, cuja construção se inicia em 1717 e só vai terminar em 1770. Os bailes, concertos, teatros e jogos divertiam e distraiam a Corte. Havia igualmente grandes banquetes.
O rei dava festas esplêndidas e os nobres vestiam, de acordo com a moda francesa, trajes riquíssimos.
Procurando imitar a vida da Corte, a nobreza vai construir palácios (os solares) um pouco por todo o país.
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